quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A Bola de Neve

A bola branca escorregou, ligeira,
Ladeira abaixo, sem parar.
E cresceu com o tempo do escorregar,
Cada vez maior e mais densa,
Saltitando aqui e acolá,
Batendo em ramos enfeitados,
Chocando com fitas florescentes
E batendo de frio, entre-dentes,
Aquele arcaico chocalhar.
Por fim parou a sua queda
E como crescera para o espanto dos demais!
De bola pequenina passara a prenda
Adormecida sobre as agulhas do abeto,
Ou pinheirinho pequeno.
Alguém a segurou entre as mãos
Tão minúsculas que desapareciam
Por entre laços e laçarotes.
A bola ficou contente ao sentir-se aconchegada.
E já não de neve mas de papel,
Acreditou na magia do Natal.




(Hum... nunca escrevi nada tão... enfim...)



1 comentário:

witch disse...

tão... Belo!?
Uma prenda para os sentidos... uma ideia de Natal sem dia marcado!
Adorei!


Kisss...